terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Relacionamentos

 


Todos conhecem algum relacionamento amoroso que é vivido entre brigas e beijos. Uma hora o casal vive no amor e outra hora o que predomina é a guerra, o ódio, o ressentimento, a dor.
Então, porque eles simplesmente não terminam e acabam com este relacionamento? Porque os casais não se separam?
A psicologia comportamental tem uma resposta.
Imagine você duas situações.
1) Você está chegando em casa, depois de um dia atarefado. Você abre a porta e acenda a luz.

Mil dias depois, você tenta acender a luz e a luz não acende. Você aperta o interruptor e nada. Você tenta mais uma, duas, três vezes. Provavelmente, antes da décima tentativa você vai parar e pensar – “A luz queimou. Tenho que trocar a lâmpada ou pedir para alguém trocar para mim”.

2) Você está chegando em casa, depois de um dia atarefado. Você abre a porta e acenda a luz. Só que a instalação elétrica da casa apresenta alguns problemas. Às vezes você tenta acender a luz e a luz acende na primeira tentiva. Outra vezes, você tem que tentar três, quatro vez até que a luz acenda.

Mil dias depois, ninguém consertou a fiação e as coisas continuam como sempre. Você chega em casa, tenta acender a luz e a luz não acende. Você tenta a segunda, terceira, quarta, quinta vez. Nada. Mas você continua tentando. Afinal, pode ser que na próxima vez dê certo e a luz acenda.

Provavelmente, você vai tentar vinte, trinta, quarenta, talvez cinquenta vezes antes de desistir e pensar: – “A luz queimou. Tenho que trocar a lâmpada ou pedir para alguém trocar para mim”.
Em resumo:
Na situação 1) há o que chamamos reforço positivo com razão fixa. 
Na situação 2) há o que chamamos reforço positivo com razão variável ou intermitente. Este é um termo técnico da psciologia comportamental.
Dizendo de modo simples:

1) Quando você sempre consegue o que quer, quando a consequência é constante e a mesma, se a situação muda você vai tentar poucas vezes. Verá logo que a situação mudou e tentará outras formas.

2) Quando você nunca sabe se vai conseguir o que quer, quando a consequência é inconstante, se a situação muda você vai demorar mais para saber que ela mudou. Claro! Cada vez acontecia uma coisa, como saber se não daria certo e “tentar mais uma vez”?

E o que isso tudo tem a ver com um relacionamento amoroso entre brigas e beijos?
Imagina duas situações, parecidas com a situação 1 e 2 acima:

1) Um casal se apaixona e vive bem durante 1 ano. Todos os 365 dias são muito bons, muito felizes, de muita paz e amor. Vamos supor que acontece algo muito ruim no último dia do ano. Este único evento negativo pode estragar tudo e o casal pode terminar e nunca mais voltar.

2) Um casal se apaixona e vivem durante um ano entre dois extremos: uma hora estão bem, outra hora estão mal. Uma hora brigam, uma hora estão perdidamente apaixonados. Como nenhum deles sabe direito como vai ser depois do último dia do ano, a chance, a probabilidade de eles terminarem será muito pequena.

Em outras palavras, nesta segunda situação não dá para saber quando as coisas vão melhorar. Existe a ideia de que talvez logo mais, amanhã ou na semana que vem as coisas voltem a ser pura felicidade (as brigam talvez acabem de vez).

O exemplo da luz é muito parecido com estes dois exemplos de relacionamento.

Se você tenta sempre acender a luz, a luz acende. Se a luz não acende, você parte para outra. No relacionamento, você quer viver bem e sempre vive. Se as coisas não vão bem, você termina.

Ou então, se você tenta acender a luz, a luz acende as vezes. Você nunca sabe se a luz vai acender ou não, você demora para partir para outra. No relacionamento, você quer viver bem e as vive e as vezes não vive bem. Se as coisas não vão bem, você não sabe se elas ficarão bem ou não. Talvez demore cinco, dez, quinze anos ou a vida toda para partir para outra.

Deste modo, podemos entender porque tantos casais continuam juntos mesmo não sendo felizes ou encontrando a felicidade apenas as vezes.

Queridos a palavra de Deus é bem clara quando ela diz que:

Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne. E ambos estavam nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam. 
Gênesis 2:24-25

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